"Entre Memórias e Emoções: Uma Entrevista com a Autora Sandy Azevedo sobre 'Eu (não) me lembro'"

 

No vasto panorama literário, onde palavras moldam universos inteiros e histórias tornam-se refúgios emocionais, raramente encontramos uma narrativa capaz de capturar o coração e a mente com tamanha intensidade como "Eu (não) me lembro", a obra cativante da renomada autora Sandy Azevedo. Em suas páginas, somos convidados a testemunhar o poder transcendental do amor e da memória, enquanto exploramos o intricado enredo de James e Mariane.

Eu (não) me lembro

O cenário é familiar: uma infância marcada por diferenças aparentemente irreconciliáveis. James, o audacioso garoto que parecia flutuar na leveza das relações sociais, e Mariane, a jovem reclusa cujo refúgio era o mundo dos livros. Mas, como frequentemente acontece nos caprichos do destino, uma reviravolta inesperada os uniu em uma amizade improvável que se transformou em amor.

À medida que o tempo avançava, o laço entre James e Mariane se fortalecia, e a história deles se desdobrava como um romance arrebatador, uma daquelas histórias que os romancistas descrevem, as novelas retratam e os filmes eternizam. Era o amor em sua forma mais pura e intensa, uma jornada que parecia transcender as páginas de um livro para se tornar realidade.

No entanto, como em todas as histórias de amor épicas, o destino teceu uma trama sombria. Um trágico acidente tirou Mariane da vida de James, deixando-o sozinho com as memórias de um amor que parecia perdido para sempre. Sua família desmoronou diante da fatalidade, e James não teve sequer a oportunidade de se despedir, pois o corpo de Mariane nunca foi encontrado.

Mas comoventemente, o destino ainda tinha cartas na manga. Quase cinco anos depois da tragédia, Mariane reaparece diante de James, aparentemente ilesa. No entanto, há um detalhe chocante: ela não se lembra dele, de sua história de amor ou do passado que compartilharam. É o corpo de Mariane, mas não a mente.

Nesta entrevista exclusiva com a autora Sandy Azevedo, exploraremos as complexidades dessa história extraordinária e as profundezas do amor, da memória e do mistério que permeiam "Eu (não) me lembro". Acompanhe-nos nesta jornada literária, enquanto desvendamos os segredos e emoções que ecoam nas páginas deste romance fascinante e na mente criativa de sua autora talentosa. Prepare-se para uma imersão inesquecível nesta obra que desafia as fronteiras da memória e da paixão.

Entrevista Exclusiva com a Autora Sandy Azevedo   
Sandy Azevedo 

Sandy Azevedo é a mente brilhante por trás de "Eu (não) me lembro", um romance que tem encantado leitores e críticos em todo o mundo. Nesta entrevista exclusiva, mergulharemos nas profundezas da narrativa que cativou tantos corações, enquanto a autora compartilha insights sobre sua inspiração, processo criativo e os temas complexos que permeiam sua obra.

1) Roteiros & Páginas - Sandy Azevedo, bem-vinda e obrigado por nos dar a oportunidade de explorar o mundo de "Eu (não) me lembro". Para começar, o que a inspirou a criar uma história tão intrigante e emocional como essa?

Sandy Azevedo - Eu tenho muitos livros e sempre tento abordar histórias diferentes. Dessa vez queria um livro para quebrar paradigmas. A maioria dos romances há uma escala linear na relação: conhecer ➡️ ficar ➡️ namorar ➡️ conflito ➡️ superação ➡️ casar ➡️ formar família. Mas e depois dos "felizes para sempre"? Então o primeiro foco do livro era mostrar justamente um casal já na última etapa, porém, tendo isso quebrado e reconstruir tudo do zero. E, claro, se o livro foi pensado em quebrar paradigmas, o final não poderia ser o mais esperado também.

2) Roteiros & Páginas - A relação entre James e Mariane parece ser o centro da trama. Como você desenvolveu essa dinâmica ao longo do tempo?.

Sandy Azevedo -  Não foi fácil, já que eu precisava 1º mostrar que já eram felizes, que sempre foram o casal do conto de fadas e logo depois precisei quebrar essa perfeição. O problema é que quando James tenta reconquistar Mariane, nem ele é o mesmo James de antes e nem ela. Ambos precisaram se conhecer de novo, amar suas novas versões e ainda conhecer um ao outro de novo, amando as novas versões.

3) Roteiros & Páginas - Qual foi o maior desafio ao explorar temas como amor e perda de uma maneira única?

Sandy Azevedo - O maior desafio foi o amor próprio. James amava a Mariane que conheceu, mas ela não existia mais. Ele também já não era mais o mesmo. Precisar reconhecer isso é o mesmo que deixar sua zona de conforto para trás. E, ainda, conviver com a incerteza que pode não gostar da nova versão. Depois de cada um reconhecer seu novo "eu", amá-lo por isso e amarem um ao outro, chegou a pior parte de qualquer relação: superação. Então repare, o acidente e a perda de memória foram o pontapé inicial das múltiplas superações que estavam por vir. Um amor novo é forte o bastante para tanta luta?

4) Roteiros & Páginas - Pode nos contar um pouco sobre o processo de escrita desse romance? Como você costuma estruturar suas histórias?

Sandy Azevedo - Eu amo planilhas e amo drama. Então sempre começo com uma ideia central super dramática. Nesse caso, foi a perda de memória. Depois da ideia central, começo a estruturar. Faço uma planilha com os personagens (nome, características físicas, mentais, impacto na história, etc.). Depois estruturo os capítulos. Normalmente faço na faixa de 30 a 40 capítulos. Crio um organograma com um parágrafo descrevendo a síntese do que precisa ter nesse capítulo e depois de pronto, desmembro.

5) Roteiros & Páginas - Como você equilibra a construção do enredo com o desenvolvimento dos personagens?

 Sandy Azevedo - Depende da história. Às vezes uso os 3 Atos, às vezes Jornada do herói ou faço do zero. Eu (não) me lembro, foi a jornada do herói adaptada.

6) Roteiros & Páginas - A reviravolta de Mariane aparecendo após cinco anos é intrigante. Como você abordou a construção desse mistério na narrativa?.

 Sandy Azevedo - Desde o início e até na sinopse foi mostrado que o casal se conheceu na infância, cresceram se amando, casaram e etc. Ou seja, vida perfeita. Um dos marcos da história deles foi justamente no parque, onde se conheceram. Pessoas até mudam, mas a essência não. Por isso que Mariane, mesmo não se lembrando de quem era, tendo outra "personalidade", ainda tinha a mesma essência, por isso o amor por livros, gestos (como sentar-se de pernas cruzadas), dentre outros, se mantiveram. Assim, fazê-la reaparecer do mesmo jeito que agiu no passado, era para mostrar sua essencialidade. Já fazê-la aparecer no parque, sentada do mesmo jeito, James trocando de lado e até a cena que a bola acerta a cabeça dela, aí foi pela licença poética para causar impacto. Inclusive com Will sendo muito parecido, para criar a mesma cena.

7) Roteiros & Páginas - Quais autores ou obras influenciaram seu estilo de escrita e suas histórias?

Sandy Azevedo - Sou apaixonada por 3 autoras:

1. Brittainy C. Cherry (romances improváveis e "quebrados");

2. Colleen Hoover (impactos, reviravoltas, o lado "inesperado")

3. Vi Keeland (o lado erótico, sensual e o sexo ser mais que um ato físico)

Como gosto muito do trabalho delas, como leitora, acabo absorvendo alguns estilos. Demorei para notar que, boa parte dos meus livros, acabaram recebendo essa carga com um pouquinho de cada.

8) Roteiros & Páginas - A história parece explorar a natureza do destino e das segundas chances. Qual é a mensagem que você espera que os leitores tirem disso?

Sandy Azevedo -  Poderia listar várias, mas ficarei com 2 principais:

1: o amor é mutável, vulnerável e precisa constantemente ser abastecido, por isso, cada dia, como casal, é nossa obrigação alimentá-lo, mas também entender que será diferente de ontem e de amanhã.

2: A vida é curta, incerta e cheia de percalços. Teremos que enfrentar problemas, às vezes pedir ajuda, em outras apenas contornar e nem sempre venceremos, mas de todo modo, se sairmos mais fortes, sábios e maduros deles, então teremos entendido o sentido da vida.

9) Roteiros & Páginas - Você tinha o final planejado desde o início ou ele evoluiu ao longo do processo de escrita?.

Sandy Azevedo - Eu tinha um final ainda mais dramático, mas percebi a alta carga que ele já tinha. Então decidi pela segunda chance de James e ainda o Epílogo para amenizar as dores finais.

10) Roteiros & Páginas - Quais aspectos da jornada de James e Mariane você mais se identifica?.

Sandy Azevedo - A luta e persistência de ambos. O amor por livros de Mariane, gostar de cozinhar. O profissionalismo de James. 

11) Roteiros & Páginas - Como você acha que a evolução dos personagens reflete a jornada humana em lidar com adversidades?.

Sandy Azevedo - James evoluiu como profissional, ele entendeu que nem tudo é da forma que ele quer, gerenciou suas expectativas, admitiu seus erros e se esforçou muito para ser o marido que Mariane precisava e o pai que Will precisava, mesmo sabendo que teria que dividir esse amor.

Mariane se tornou uma mulher mais madura, uma excelente mãe, aprendeu a ouvir mais, confiar mais, entendeu que é digna de amor e aceitou suas imperfeições.

12) Roteiros & Páginas - A atmosfera do livro parece envolta em mistério. Como você construiu essa sensação ao longo da narrativa?.

Sandy Azevedo - Coloquei cenas atuais mescladas com lembranças para o público já ir fazendo esse comparativo de como era e como está. Também comecei por James porque, até então, ninguém sabia que Mariane estava viva e, quando finalmente ela se revelou, não coloquei de imediato eles juntos, mas sim mostrando a visão atual dela também. Isso acaba gerando suspense.

13) Roteiros & Páginas - Quais foram os momentos mais gratificantes ao escrever "Eu (não) me lembro"?.

Sandy Azevedo - Como o livro é extremamente emotivo, sensorial e dramático, eu senti cada cena e confesso que chorei em algumas. Eu sempre falo que se um livro é capaz de te desligar do mundo e fazer você ter sensações além da mente (como o choro), é sinal que é um bom livro. Então me orgulhei ao perceber que, mesmo sabendo o que ia acontecer, já que sou a autora, ainda fui capaz de sentir.

14) Roteiros & Páginas - Você tem algum ritual ou hábito que o ajuda a entrar no "modo de escrita" quando está trabalhando em um novo projeto?.

Sandy Azevedo - Tenho para criar novas histórias. Sempre que algo chama a minha atenção (principalmente de forma triste) eu penso "se isso fosse num romance, como impactaria o casal?". No mais, sempre pesquiso muito para ter uma base mais sólida. No caso desse livro eu entrei em contato com hospitais referências e pessoas com a mesma condição, por exemplo.

15) Roteiros & Páginas - Que conselho você daria a aspirantes a escritores que desejam explorar temas complexos em suas histórias?.

Sandy Azevedo - Pesquise muito. Não apenas no Google, mas em livros, outros autores e principalmente pessoas que passaram pelo mesmo.

16)  Roteiros & Páginas - Como você espera que os leitores se conectem com os personagens e as emoções do livro?.

Sandy Azevedo - Entendendo que somos falhos e isso é normal, mas que podemos buscar essa melhoria, fazendo disso nossa missão diária. Pergunte-se: "se essa pessoa que eu amo perdesse a memória, eu teria paciência para reconquistá-la? Vale o esforço?". E, claro, perguntar-se também "Se me restasse apenas 1 memória, qual eu gostaria de lembrar para sempre?".

17) Roteiros & Páginas - Existem elementos de sua própria vida que você incorporou sutilmente na trama?.

Sandy Azevedo - Amor por livros, entendimento do meio rural, vontade de crescer no emprego. E a amiga de Mariane está sempre com um TicTac, já eu estou sempre com um chiclete.

18) Roteiros & Páginas - O que os leitores podem esperar de seus projetos futuros? Algum spoiler ou pista que você possa compartilhar?.

Sandy Azevedo - Na verdade, nunca paro. Tenho fantasia, tenho terror, mas os que mais amo fazer são os romances. Uma coisa é fato: serão diferentes e sempre abordando algum aspecto social. Tem cowboy, policial, comédia, sobrenatural, plus size.

Tenho conto para ser lançado (terror/horror) e tenho 2 romances sendo criados (comédia e suspense).


À medida que nossa entrevista com Sandy Azevedo se aproxima do fim, ficamos com uma compreensão mais profunda do que a inspirou a criar essa história cativante e das complexidades emocionais que permeiam "Eu (não) me lembro". Este romance nos leva em uma jornada através da amizade, amor, perda e redescoberta, tocando as cordas mais profundas de nossos corações e mentes. À medida que folheamos as páginas desta obra, somos lembrados da poderosa capacidade da literatura de nos conectar com experiências humanas universais. Sandy Azevedo, através de sua narrativa habilmente construída, provou mais uma vez ser uma voz notável no mundo literário, e "Eu (não) me lembro" permanecerá como um testemunho tocante de como o amor pode transcender o tempo e a memória. Convidamos você, leitor, a mergulhar nessa emocionante jornada literária e a explorar o mundo de James e Mariane, onde as fronteiras entre o esquecimento e a eternidade são delicadamente traçadas em palavras que permanecerão gravadas em sua própria memória por muito tempo após a leitura.


Se você foi tocado pela história cativante de "Eu (não) me lembro" durante esta entrevista com a talentosa autora Sandy Azevedo, agora é a oportunidade perfeita para mergulhar nessa emocionante jornada literária. Você pode adquirir o livro diretamente na Amazon, seguindo o link abaixo:

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Não perca a chance de se perder nas páginas deste romance que explora o poder do amor, da memória e da redescoberta. É uma leitura que ficará gravada em sua própria história literária. Aproveite e faça parte desta emocionante viagem literária!

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